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quinta-feira, 13 de março de 2014

20 anos sem ele

Um bageense ilustre, uma das grandes figuras da nossa cidade, Tarcísio Taborda, nos deixou há 20 anos!
Para marcar a data, a Fundação Áttila Taborda celebra hoje uma missa, que será presidida pelo bispo Dom Gílio Felício. A missa acontece às 18h, no Museu Dom Diogo de Souza.
A morte inesperada e trágica do historiador e museólogo abateu-se sobre Bagé na noite do dia 13 de março de 1994. A notícia de que o professor e sua esposa, Neusa Vaz Silveira, faleceram em um acidente automobilístico na BR 293, quando voltavam de sua fazenda para a cidade, causou grande comoção em toda a comunidade bajeense.



Foi ele o idealizador do Museu Dom Diogo de Souza, em 1955. De acordo com Carmen Barros, da Comissão Gestora de Museus da Universidade da Região da Campanha (Urcamp), Tarcísio Taborda pode ser considerado a grande figura da história local. "Ele foi um visionário porque soube distinguir a importância da preservação da história de uma cidade. Ele é o guardião da memória de Bagé", afirma.
Ela conta que muitas vezes o historiador bancou do próprio bolso recursos para manutenção do museu. "Quando ele iniciou o museu, foi na Vila Vicentina, com objetos próprios dele. Aí ele começou a recorrer a comunidade, que fizessem doações de objetos históricos para doação", recorda.
Nas palavras da filha, Maria Bartira, Taborda foi um ser humano carinhoso, amigo e um pai muito presente. "Sempre foi muito brincalhão, uma pessoa maravilhosa", conta.
Ela rememora com carinho das coisas que faziam os olhos do pai brilhar. "Ele gostava de estar sempre rodeado pela família e pelos amigos próximos, festejando a vida. O aniversário era a data preferida dele", relembra.
Leitor voraz e dono de um intelecto reconhecido em todo o Estado, era na biblioteca de casa, com mais de seis mil volumes, que ele passava grande parte do tempo, se dedicando às pesquisas históricas que sempre o interessaram.
Segundo Bartira, após a aposentadoria de suas atividades acadêmicas na Fundação Áttila Taborda, passou a dedicar-se às pesquisas que sempre o apaixonaram, especialmente a história do município de Bagé. Foi neste espírito, com alma de historiador e apaixonado pela cultura local, que escolheu os nomes dos quatro filhos: José Tiaraju, Maria Moema, Maria Bartira e João Tibiriçá. 
 

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